Assisti The Office UK, a versão original do seriado. Neste post (The Office) eu comentei sobre minha experiência assistindo a versão americana, como descobri o seriado e trouxe também alguns comentários sobre o livro “Welcome to Dunder Mifflin: The Ultimate Oral History of The Office“.

Depois que eu devorei a versão americana de The Office e enquanto estava sedento em me aprofundar nesse universo, busquei assistir a versão britânica. Embora a versão americana seja bem mais famosa, a origem de tudo, na verdade, está na versão britânica. No entanto, não consegui assistir mais que os dois primeiros episódios. Era muito cringe e não me conectei. David Brent, a versão britânica do Michael Scott, é um suco concentrado de tudo de ruim que vemos no gerente reginal da versão americana.

Felizmente, as coisas mudam. Em algum momento de 2024 me coloquei a assistir a série e ao final de suas duas temporadas, eu gostei. Do ponto de vista dela dela retratar um documentário sobre o escritório, é bem mais crível. Por exemplo, desde a paixonite do Jim pela Pam, a ida dele para a Stanford, a volta, o namoro, casamento, dois filhos, etc, muitos anos se passam. Dentro desse tempo inteiro, não me parece comum que uma rede de TV grave o cotidiano de um escritório por tanto tempo sem lançar isso ao público. Algo assim é visto somente nos últimos episódios da última temporada, quando a série já estava demonstrando algum cansaço. Todo hype pelo lançamento do documentário dentro da série se deu, e quem assistiu sabe do que estou falando, sem a presença da estrela, Michael Scott.

A versão britânica não sofre com nada disso. São duas temporadas muitíssimo bem fechadas. O amor entre o Tim e Dawn, as matrizes para Jim e Pam, não é tão desenvolvido quanto nos 201 episódios da versão americana. Mas é possível notar uma química entre eles logo no início, e um desfecho no último episódio da série britânica, que faz muito sentido para o que foi construído.

O Michael Scott da primeira temporada é uma versão branda do David Brent. Ele carrega boa parte da série. David Brent é vivido por Ricky Gervais, humorista britânico e cocriador dessa ideia. Ele negociou diretamente com os interessados em adaptar a série para o mercado americano. Temos também o Mackenzie Crook, o original do Dwight e, aqui, também existe a richa com o Tim. Mais uma vez, nesta versão original, os personagens não são tão desenvolvidos como na versão americana, e o cotidiano fica extremamente concentrado no escritório.

The Office já teve diversas versões, em diversos países, e cada uma traz as características de uma lugar, de uma cultura, de uma época. Eu só assisti a versão americana e a britânica, e talvez fique nisso para sempre. Há quem diga que as série Brasileira “Os Aspones”, de 2004, estrelada por ninguém menos que Selton Mello, é baseada, ou lembra, The Office. Lembrando que The Office UK foi lançada em 2001, e a versão americada, em 2005.

Para quem curte The Office, versão americana, assistir a versão britânica é uma boa pedida.

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Last Update: 19/01/2025